O momento é de transformação. Demandas até então represadas por décadas se disseminam quase que perenemente, em meio a constantes realocações dos atores e das cenas na dinâmica social humana. A pandemia provocada pelo vírus da covid-19, somada a escalada de conflitos bélicos, mudanças climáticas e a ampliação dos abismos sociais, forçou-nos a adaptação repentina a uma série de novos comportamentos, reposicionando boa parte do nosso modo de ser e estar no mundo.
Ao acelerar processos que levariam ainda alguns anos, como a hibridação do trabalho e o aprofundamento das interações virtuais, que começavam, até então, permear de forma mais presente a vida humana - maximizamos virtudes e mazelas sobre as quais nos sentimos impelidos a ver e agir.
Antes mesmo do advento das atuais disrupturas, as periferias das grandes cidades já apresentavam o retrato da transformação desse tempo e outra modulação possível das relações sociopolíticas e econômicas nas sociedades. Pensar a dimensão humana a partir deste dinamismo social, assim como os desafios impostos pela necessidade urgente de ações educadoras e ambientalmente sustentáveis, nos norteou para a retomada do protagonismo da Zona Leste de São Paulo na existência cidadã, na vida democrática e na construção de um legado de inovação e bem-estar.
A Feira de Inovação e Tecnologia - FEITEC, bem como o Congresso de Educação Social e Gestão do Terceiro Setor surgiram com o intuito de oportunizar para a população da Zona Leste a vivência das grandes feiras e o contato direto, no próprio território, com tecnologias, difusão de produtos e serviços entre empreendedores, troca de conhecimento entre educandos, profissionais e população local, além da realização de rodadas de negócios e a projeção da própria Zona Leste como região de ação, criação e potência.
Celebrando ainda os 30 anos dos Centros de Desenvolvimento Social e Produtivo – CEDESP’s e os 40 anos da Associação Beneficente Bom Pastor, a 5ª edição da FEITEC, bem como o 4º Congresso de Educação Social e Gestão do Terceiro Setor serão espaços para troca, interação, compartilhamento e geração de ideias e ações, capazes de projetar as nossas relações neste e nos novos tempos.
Atentos ainda ao chamado do Papa Francisco, por meio da edificação do Pacto Educativo Global, refazemos, nós, o convite do Santo Padre para convidar “todas as pessoas do mundo, instituições, igrejas e governos” para que priorizem uma educação humanista e solidária como modo de transformar a sociedade.
